1. ELEIÇÃO DE DEUS – Circular n.4/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
O ser humano foi dotado por Deus do direito de fazer escolhas, sendo este livre arbítrio uma característica permanente (indelével) de toda a criação inteligente — tanto dos anjos, quanto dos homens. Essa é a razão de existirem salvos e perdidos!
É inegável que o Senhor Deus não deseja que os homens se percam, antes, pelo contrário, deseja que eles se arrependam de seus maus caminhos e se convertam, conforme está escrito:
“Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”. (1Tim 2:4)
“E nos mandou pregar ao povo, e testificar que Ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos. A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele creem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome”. (At 10:42 e 43)
Precisamente por causa da prática do livre arbítrio é que houve a separação do homem com Deus. Essa queda horrível aconteceu pela desobediência de Adão e Eva, quando deram ouvidos à serpente e foram expulsos do Éden. Tal corrupção se estendeu sobre todos os homens, vindo todos a morrer. A partir daí as forças do mal prevaleceram, mantendo o ser humano subjugado à ação das trevas e do pecado.
Esse domínio da iniquidade sobre todos persistiu até a vinda de Jesus Cristo, quando, então, foi realizada a expiação dos pecados e a reconciliação com Deus, capacitando assim, os cristãos com poder e autoridade sobre todas as forças contrárias ao bem, e dando a eles direito aos dons e as virtudes do Espírito Santo.
Deus deseja que todos se arrependam, mas não os obriga a isso, deixando-os livres para decidirem (2Cor 3:17).Por isso está escrito:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” (1João 1:9)
“Portanto eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.” (Mat 12:31)
Portanto, todo aquele que peca e se arrepende e muda seus caminhos, não permanecendo na iniquidade, pode alcançar o perdão divino (1João 1:9).
Nesse contexto, segue uma explicação resumida relativa à eleição celestial, a qual devemos compreender, em primeira instância, como sendo coletiva, ou seja, referindo-se à Igreja Cristã, fiel e universal — também figurativamente conhecida como o corpo de Cristo — a qual é eleita incondicionalmente.
Não obstante disso, a eleição do ser humano, enquanto indivíduo, acontece somente quando o crente passa a professar o cristianismo pela fé, se tornando parte integrante do corpo de Cristo — a Igreja (At 20:28). Pela fé, o cristão recebe o Espírito Santo, que o assiste e o fortalece, habitando nele, tornando-o parte integrante do corpo de Cristo e fazendo dele um eleito.
A partir desse ponto, sucedem responsabilidades recíprocas nessa eleição, tanto de Deus para com o fiel, quanto do fiel para com Deus (Rom 8:29 e Ped 1:1 a 11). Está escrito:
“Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” (2Tim 2:19)
Novamente lemos:
“Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra.” (2Tim 2:20 e 21)
Dessa forma, a eleição incondicional para a salvação e santificação da Igreja de Cristo — entendida aqui Igreja como o corpo espiritual de Cristo, ou seja, o conjunto universal de todos os fiéis santificados — está determinado pelo Altíssimo, sendo imutável. Está estabelecida para sempre e não pode ser revogada. Contudo, o ser humano — enquanto indivíduo — para se assegurar e tomar parte nessa eleição, depende de sua conduta pessoal na fé, devendo manter acesa a chama desta confiança absoluta em Jesus Cristo. Para isso, necessita permanecer em união com Cristo, sem se desviar, preservando a condição de membro vivo desse corpo espiritual.
Essa verdade doutrinal se assenta no ensino bíblico, pois a Santa Escritura nos mostra basicamente duas possibilidades de apostasia: a doutrinária, pela negação dos ensinamentos de Cristo e/ou de qualquer dos Apóstolos; e a apostasia moral, quando o cristão regressa ao pecado, não se arrependendo e não retornando a uma vida casta e pura, se fazendo escravo da iniquidade (Is 29:13 – Mat 23:25 a 28 – Rom 6:15 a 23 e Rom 8:6 a 13).
O desígnio eterno de Deus para com a Sua Igreja é que sejamos retos de moral, que tenhamos um caráter sem mancha, que sejamos limpos de mãos e puros de coração, que sejamos incensuráveis e santos (Rom 8:14, Gal 5:16 a 25).
Para tanto, para sermos achados inculpáveis perante Deus, deveremos nos manter constantes e seguros na fé, sem nos movermos de nossa bendita esperança do Evangelho (Col 1:22 e 23).
A força que vence a iniquidade e leva à santificação vem do Senhor, a nós pertence a escolha, a vontade, o desejo e a busca em servi-Lo de coração sincero. A operação das obras santas provém do Espírito Santo.
As Santas Escrituras nos ensinam que a condenação eterna resulta exclusivamente das más escolhas humanas — com suas inclinações orientadas para o pecado, sem arrependimento genuíno, não experimentando eles, em si mesmos, o efeito maravilhoso da restauração proporcionada pelo perdão oferecido no sacrifício de Jesus Cristo em nosso lugar. Dessa forma, a perdição humana não é uma determinação seletiva, uma sentença discriminatória lançada sobre um grupo específico de pessoas. Antes, pelo contrário, é resultado das escolhas de vida feitas por cada indivíduo, não se configurando jamais numa resolução inabalável, sinistra e irrevogável do Altíssimo sobre um conjunto predeterminado de seres humanos, marcados para serem condenados.
Contudo, importa ressaltar que para ser salvo não basta uma simples confissão de fé, não adianta o crente dizer que crê em Jesus e afirmar que Cristo é o seu Senhor, levando uma vida dissociada da santidade. A fé inclui afastamento do pecado — santificação — pela obediência à Palavra de Deus. Ela se expressa num dado momento na vida do cristão, quando da aceitação de Cristo Jesus como único e todo suficiente Salvador, e deve seguir a vida inteira crescendo e se firmando no coração do convertido (Jo 1:12), como se lê:
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes
direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mat 7:21 a 23)
Pode-se até mesmo perder o pouco que se obteve de Deus, ao se levar uma vida libertina:
“Porque ao que tem, ser-lhe-á dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.” (Mar 4:25)
Temos pleno conhecimento de que:
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2:8 e 9)
Todavia, uma vez salvos pela fé, importa-nos fugir do pecado, direcionando a nossa vida cristã à santidade requerida pelo Senhor, crescendo sempre na verdade e na graça divina:
“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Heb 12:14)
Somos constantemente vítimas de diversos ataques espirituais, pelos quais somos tentados e provados. Mas, à medida que resistimos as tentações e perseveramos na fé em meio às provações, revelamos a nossa fidelidade pessoal ao Senhor.
As forças espirituais malignas, que nos atacam e trabalham em prol da nossa renúncia à fé cristã, acabam nos concedendo a oportunidade de demostrar que a nossa fé e o nosso amor a Deus são verdadeiros e irrevogáveis.
Pela fé, o Altíssimo nos faz aptos a vencer o mal, nos concede as forças necessárias para sermos vitoriosos. Contudo, aquele que se entrega a iniquidade torna-se um vaso de desonra; e a sua queda não acontece porque Deus falhou em protegê-lo e, sim, porque ao sondar o seu coração, Deus não encontrou o firme desejo de resistir ao mal, nem o temor necessário para se evitar a perversidade, senão uma livre disposição de se entregar ao pecado.
A santidade, ou semelhança com Cristo, é o padrão exigido, o modelo de homem que deve ser buscado a partir do poder dado ao cristão quando ele recebe o Espírito Santo em resposta a sua fé em Cristo. Desse modo, a santidade não é uma busca de salvação pelas obras, pelo contrário, é a fé gerando obras de salvação no verdadeiro cristão. Sem ela ninguém verá o Senhor.
Caso a fé não impulsione o crente à santidade, não havendo nele nenhuma mudança significativa interior, essa tal fé está morta em si mesma, não se configurando numa fé apta a salvar, senão em aparência e engano. Vejamos:
“Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tg 2:26)
Por essa razão, todos devem se manter na santidade, na pureza e na firmeza da fé, evitando se deixar levar pelos discursos tranquilizadores que garantem salvação incondicional a todo aquele que um dia creu em Jesus Cristo. O apóstolo Pedro ensinou, alertando sobre o risco de se cair, resultando isso num fracasso na marcha para a vida eterna (2Ped 3:17). O apóstolo Paulo também admoestou os irmãos de Corinto a terem o cuidado de não receberem em vão a graça de Deus:
“… vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão.” (2Cor 6:1)
Aqui o Apóstolo aponta o risco de se perder a graça, portanto perder a salvação, visto que somos salvos pela graça, mediante a fé. Ora, se a graça for recebida infrutiferamente, improdutivamente, inutilmente, ela não implicará na salvação de quem a acolheu desse modo. Igualmente, alerta sobre o risco de se perder a habitação do Espírito Santo em si mesmo, dizendo:
“Não extingais o Espírito.” (1Tess 5:19)
Na verdade, os textos bíblicos estão repletos de recomendações sobre o risco de um cristão perder a salvação, forçando-o a compreender isso, a sair da zona de conforto e da dormência espiritual, onde o pecado está à espreita, exortando-o a uma vida casta e santa, desejando que:
“E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” (Ef 4:24)
É uma ordem ser santo:
“Porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.” (1Ped 1:16)
Sendo ordem, temos o dever de nos esforçar nessa direção, tendo verdadeiro horror ao pecado que tão de perto nos rodeia. A Palavra de Deus ordena que sejamos irrepreensíveis em santidade.
“… para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai…”.
(1Tess 3:13)
Não basta apenas dizer eu creio em Deus, esta é uma condição necessária, mas não suficiente, pois crer em sua existência, até mesmo os demônios creem (Tiago 2:19), e a proposta do cristianismo não é uma mera teoria baseada em conhecimentos de fatos históricos e bíblicos, mas, sim, uma prática viva e transformadora. É preciso que, além de conhecermos as Escrituras, vivamos a Palavra de tal forma que ela transforme e purifique todo o nosso ser:
“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.” (1Ped 1:15)
Advertimos que o crente em Jesus deve andar em santidade e justiça da Palavra de Deus e não deve folgar com o mundo caído.
Tomemos por exemplo a carta aos Hebreus (2:1, 6:4 a 8, 10:26 e 10:32), pois o texto dessa epístola é cristalino e objetivo. Nele está uma advertência aos cristãos no tocante à gravidade da condenação que resultará, por exemplo, de uma recaída espiritual por quem foi iluminado, provou o dom celestial, participou do Espírito Santo, provou a boa Palavra de Deus, e as virtudes do século vindouro.
Esses que assim procederem não conseguirão se arrepender de seus pecados, ficando, por conseguinte, impossibilitados de serem regenerados, visto que arrependimento é pré-requisito doutrinário, necessário e inquestionável para a salvação. (Mc 2:17 e 6-12 – Lc 5:32 e 13:3 a 5 – At 3:19; 11:18 e 17:30 – 2Cor 7:10 – Heb 6:6 e Apoc 2:5, 2:16, 2:21, 3:3, 3:19, 9:20, 16:9 e 16:11)
Concluímos, exortando a irmandade a se purificar de tudo o que contamina, de tudo o que mancha as vestes espirituais, relembrando aos caros irmãos o clamor bíblico:
“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Rom 12:1)
“… para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.” (Heb 12:10)
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 181/2024 CCB
2. A SALVAÇÃO É UNIVERSAL – Circular n.5/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
A salvação é universal no sentido de que é oferecida indistintamente a todo e qualquer ser humano, tendo como único pré-requisito a fé genuína em Jesus Cristo. Quem crer Nele e aceitá-Lo como exclusivo, pessoal e suficiente Remidor será salvo, caso se mantiver na fé até o fim, e dela não se apostatar. Jesus morreu por todos os homens a fim de limpá-los e resgatá-los da maldição do fogo eterno, todavia, nem todos serão salvos.
Isso se explica pelo fato de o Seu sacrifício valer somente para aqueles que Nele crerem, recebendo pela fé em Seu nome a Graça salvífica em si mesmos. Isso é justo, pois o preço pago pela salvação foi elevado demais para ser desprezado, custou a vida e o sangue do Filho de Deus.
Cristo, deixando a Sua glória divina, desceu do mais alto Céu para as partes baixas desse mundo, se fazendo semelhante aos homens, para cumprir a missão de resgate das almas perdidas. Quem crê em Jesus Cristo, recebe a justiça da salvação pela fé, mas quem não crê, recebe a justiça da condenação por tê-Lo rejeitado.
O maior erro da humanidade é rejeitar e desprezar Jesus Cristo e Sua Santa Palavra, pois essa escolha não deixa mais alternativas senão a da condenação eterna.
Tudo começou com Ele e terminará Nele, que é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim de tudo e de todas as coisas. Por isso, a redenção não é dependente, nem mérito de nenhuma denominação religiosa, tampouco depende do que, ou de quem, quer que seja. Somente pela obra magnífica realizada por Jesus Cristo, e consumada na cruz do calvário, o ser humano poderá se livrar de um destino irremediável, lamentável e terrível nos abismos eternos.
Essa dádiva celestial, a graça maravilhosa, salva o crente da abominação, justificando-o e conduzindo-o a vida eterna (Ef 2:8 e Tito 2:11). Jesus Cristo abriu-nos a revelação de Sua Palavra e, por ela, mediante a fé, franqueou a todos o acesso a Deus, enviando-nos o Espírito Santo. Nosso Senhor Jesus Cristo foi crucificado com o propósito de perdoar os nossos pecados, nos unindo com Deus.
Por essa razão, na cruz, o Filho de Deus consumou uma obra de reconciliação, unindo os homens fraternalmente, tornando-os irmãos; e unindo os homens com Deus em Seu filho, no plano espiritual, tornando-os filhos de Deus por adoção:
“Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho; a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rom 8:29)
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome.” (João 1:12)
O Senhor morreu por todos — tanto para os que hão de se salvar quanto para os que hão de se perder. A constituição desses dois grupos — salvos e perdidos — é consequência da aceitação ou negação ao chamado espiritual, exercido livre e individualmente, por parte de cada ser humano, e jamais resultante de uma suposta limitação da graça redentora de Cristo.
O apóstolo João manifesta que Deus ama a todas as pessoas e deseja salvá-las, bastando para tanto acatarem o chamado do Evangelho:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado; porquanto não crê no nome do Unigênito Filho de Deus.” (João 3:16 a 18)
“Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.” (João 6:29)
O Senhor é o Cordeiro sacrificado para remoção dos pecados de todos quantos desejarem a salvação, pois:
“[…] ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” (1João 2:2)
“…Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.” (Rom 10:9)
“Ora o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade.” (2Cor 3:17)
Convenhamos que não haveria sentido algum na condicionante contida nesse capítulo “se com a tua boca confessares e em teu coração creres”, caso tanto a confissão, quanto a crença fossem uma imposição arbitrária e unilateral do Altíssimo. Aqui se percebe, por um lado, a responsabilidade humana em crer na Palavra de Deus, por outro lado, a abertura divina em acolher a todos quantos receberem a verdade do Evangelho. Afinal, a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus:
“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam.” (At 17:30)
Como se percebe no convite divinal:
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17:21)
Assim, se lê:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mat 11:28)
Novamente:
“E tudo isto provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” (2Cor 5:18)
Uma outra vez: “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.” (1Cor 15:22)
Ou seja, todos quantos aceitarem o Evangelho serão vivificados, pois para Deus não interessa que alguém se perca, conforme lemos na carta de Pedro:
“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” (2Ped 3:9)
Concluímos afirmando que todos os vivificados pelo Evangelho receberão virtudes suficientes para conservá-los em uma vida santificada firme e fiel, que é a condição para se estar em Deus. Logo, alguém pode provar para si mesmo sua condição em relação a sua eleição, observando se o seu andar é pela fé em santidade.Quem está em Cristo e o Espírito Santo faz morada nele, está na Luz e as suas obras necessariamente refletirão essa verdade.
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 182/2024 CCB
3. FRUTO DO ESPÍRITO E BOAS OBRAS – Circular n.6/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
O presente conselho traz à memória o dever que temos de produzir frutos para honra e glória a Deus. O fruto do Espírito leva à santificação, e por ela são realizadas as boas obras que agradam a Deus.
Antes do Senhor Jesus se fazer conhecido do povo, João Batista já pregava no deserto anunciando o batismo do arrependimento, dizendo:
“Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mat 3:2) E após o batismo dizia:
“Produzi pois frutos dignos de arrependimento;” (Mat 3:8)
“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.” (Mat 3:11)
Os que eram batizados no batismo de João Batista não conheciam a ação do Espírito Santo (At 19:4), pois ainda não havia sido enviado, o que só ocorreu depois que o Senhor Jesus voltou para o Céu. Assim, entendemos que o fruto do Espírito na vida daqueles que eram batizados por João só se manifestou após receberem o Espírito Santo enviado, na primeira dispensação, no dia de Pentecostes.
Quando, em Jerusalém, ouviram falar que em Samaria receberam a Palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João, que oraram para que recebessem o Espírito Santo, porque sobre nenhum deles tinha
ainda sido manifesto; mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus. Então, lhes impuseram as mãos e receberam o Espírito Santo.
Paulo escreveu aos romanos:
“Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. E que fruto tinheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.” (Rom 6:20 a 22)
Paulo em sua epístola, escreveu aos Gálatas: “… Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gal 5:16), pois o fruto do Espírito é produzido pela ação do Espírito Santo na vida da pessoa, e isso ocorre quando ela crê no Senhor Jesus e O aceita como seu Salvador, tornando-se uma nova criatura.
Os sinais dessa nova vida aparecem pelo fruto que produz, cujas virtudes são: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gal. 5:22). Assim, o fruto do Espírito nos leva à santificação.
BOAS OBRAS QUE AGRADAM A DEUS
As boas obras que agradam a Deus são provenientes da santificação, sem a qual ninguém verá a Deus, mas a salvação é pela fé e graça do Senhor Jesus.
O homem, por sua natureza e consciência, sabe quais são as boas obras e as más obras, pela origem de Adão, cujo pecado o fez conhecer o bem e o mal. Assim, o ser humano já nasce destituido da glória de Deus, sob a condenação do pecado. Por isso, Paulo escreveu aos romanos assim:
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Rom 3:23) E, ainda:
“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.” (Rom 3:10 a 12)
Então, as boas obras que o pecador pode fazer são oriundas de sua consciência, pois sabe naturalmente fazer o bem ou o mal. Vejamos o que disse Jesus:
“Se, vós pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem?” (Mat 7:11).
Essas boas obras não têm poder para salvação. Não é necessário alcançar a fé e graça do Senhor Jesus para praticar essas boas obras, visto que tanto essas boas obras, quanto as más obras são de sentimentos humanos.
Um homem mau, por exemplo, é capaz de fazer boas obras para seus filhos, assim como, também, é possível realizar uma obra filantrópica, mas com motivação diferente do proposto por Deus, como para própria vanglória ou reconhecimento da sociedade. Como diz a Escritura:
“E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.” (1 Cor 13:3)
Mas as boas obras nas quais devemos andar, segundo a Palavra, são aquelas que provém da graça transformadora, que se alcança pela fé, pois pela fé se pode agradar a Deus. Assim como escreveu Paulo:
“Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” (Ef 2:7 a 10)
Assim, essas boas obras não são a causa da nossa salvação, mas são o efeito dela. Por isso, não praticamos as boas obras para salvação, mas praticamos porque somos salvos pela fé em Jesus Cristo.
O apóstolo Tiago escreveu que a fé sem obras é morta em si mesma (Tiago 2:17). Assim, as verdadeiras boas obras não são aquelas que estão carregadas de boas intenções humanas, mas são aquelas que estão vestidas da justiça de Cristo, pois Ele é o Autor e consumador da nossa fé. Não se deve praticar boas obras de misericórdia esperando o louvor dos homens, pois isso é hipocrisia diante de Deus (Mat 6:2).
Ninguém se engane pensando que a prática de boas obras sociais e demais bondades que se possa fazer, seja a razão de salvação. Porém, as boas obras produzidas por meio da fé, oriundas da santificação, são resultado do fruto do Espírito e isso testifica nossa proximidade com Deus. A salvação é pela graça do filho de Deus, independentemente de quaisquer méritos que o homem possa ter.
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 183/2024 CCB
4. A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO A DEUS – Circular n.6/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
A oração a Deus é um diálogo entre o cristão e o Deus Altíssimo, devendo ser sempre elevada a Deus, em nome e mérito de nosso Senhor Jesus Cristo. Trata-se de uma prática fundamental à vida do crente, e as recomendações escriturais acerca disso são variadas e permeiam todo o texto bíblico.
Um cristão verdadeiro não pode viver sem manter uma prática de constante oração, pois por intermédio dela, podemos adorar a Deus, ser-Lhe gratos pelas bênçãos e favores recebidos, assim como implorar perdão pelos nossos pecados. Ademais disso, orando, poderemos estreitar o nosso convívio com Deus numa busca pela santificação pessoal.
Pelas nossas súplicas, minimizaremos nossos medos e ansiedades (Fil 4:6); afirmaremos a Ele a nossa devoção, rogaremos por socorro tanto para nós mesmos quanto para outras pessoas, pois os ouvidos do Senhor estão atentos às nossas súplicas, conforme se lê:
“Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos às suas orações.” (1Ped 3:12)
É mister que perseveremos nessa prática abençoada, a ordem é: “Perseverai em oração, velando nela com ações de graças;” (Col 4:2)
E devemos orar sempre que possível:
“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, …” (Ef 6:18)
“Orai sem cessar.” (1Tess 5:17)
Pela oração, poderemos legitimamente exercer um combate espiritual:
“E rogo-vos irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus;” (Rom 15:30)
Por ela, poderemos praticar intercessões:
“Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo.” (Fil 1:19)
Por ela, poderemos exercitar a nossa pureza espiritual:
“Porque pela palavra de Deus e pela oração é santificada.” (1Tim 4:5) Pela dedicação na oração, poderemos evitar entrar em tentação:
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mar 14:38)
Outrossim, pela oração, poderemos alcançar favores do Eterno:
“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis: a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. (Tiago 5:16)
“E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” (João14:13 e 14)
Assim como, pela oração, podemos estabelecer comunhão com Deus:
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (At 2:42)
Como visto, a oração pode muito em seus efeitos. Por isso mesmo, incentivamos a nossa cara irmandade que orem com frequência, tanto individualmente quanto em família, pois essa prática é muito saudável e espiritualmente recomendável. A oração em família promoverá muitos benefícios no relacionamento conjugal, bem como será uma benção para todos os filhos, ensinando-os a terem os seus corações voltados para Deus.
A oração deve ser movida e inspirada pelo Espírito Santo, sem excesso de preocupação com a sua forma ou com grandeza de palavras.
Sobre a oração do Pai Nosso (Mat 6:9 a 13), cabe aqui uma breve explicação: ela foi ensinada aos discípulos pelo Senhor Jesus contendo as linhas gerais que instruem os cristãos com os fundamentos de uma oração perfeita.
Assim, com certeza, Deus aceitará todos os clamores e orações nascidos de um coração sincero e elevado a Ele em nome de Jesus Cristo. Contudo, quando possível, damos preferência pela oração de joelhos, para nos apresentarmos a Ele de uma forma simples, humilde e submissa, reconhecendo a nossa nulidade como simples mortais. O próprio Senhor Jesus Cristo orou de joelhos, como se pode confirmar:
“E, quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação. E apartou-se dele cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava.” (Luc 22:40 e 41)
Aliás, orar de joelhos era prática dos homens santos e se encontra registrada nos textos bíblicos, tanto do Antigo Testamento (AT) quanto do Novo (NT), conforme listado em seguida:
1)“Sucedeu pois que, acabando Salomão de fazer ao Senhor esta oração e esta súplica, estando de joelhos e com as mãos estendidas para os céus, se levantou de diante do altar do Senhor, …” (1Reis 8:54)
2)“E perto do sacrifício da tarde me levantei da minha aflição, havendo já rasgado o meu vestido e o meu manto, e me pus de joelhos, e estendi as minhas mãos para o Senhor meu Deus.” (Esd 9:5)
3)“Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou.” (Sal 95:6)
4)“Daniel pois quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.” (Dan 6:10)
5)“E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.” (At 7:60)
6)“Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou- se.” (At 9:40)
7)“E, havendo dito isto, pôs-se de joelhos, e orou com todos eles.” (At 20:36)
8)“E, havendo passado ali aqueles dias, saímos e seguimos nosso caminho, acompanhando-nos todos, com suas mulheres e filhos até fora da cidade; e, postos de joelhos na praia, oramos.” (At 21:5)
9)“E, quando chegaram à multidão, aproximou-se-lhe um homem, pondo-se de joelhos diante dele, e dizendo: […]” (Mat 17:14)
10)“E aproximou-se dele um leproso, que rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.” (Mar 1:40)
11)“Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor: que todo joelho se dobrará diante de mim, e toda a língua confessará a Deus.” (Rom 14:11)
12)“Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Ef 3:14)
13)“Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra.” (Fil 2:10)
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 184/2024 CCB
5. A IMPORTÂNCIA DO JEJUM COMO EXERCÍCIO DA FÉ CRISTÃ – Circular n.7/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
O jejum é um exercício da fé cristã pela prática da abstenção de alimentos por um certo período de tempo — tempo esse determinado unicamente pelo crente de per si com Deus. Ao praticá-lo, é preciso ter cuidado para não exceder o limite da capacidade física do organismo a ponto de se transformar num problema de saúde. Aconselhamos aos irmãos portadores de alguma enfermidade a serem cuidadosos e analisarem se podem ou não se dedicar a esse tempo de consagração sem sofrerem consequências resultantes desse jejum, considerando seus organismos debilitados.
O jejum jamais deve ser visto como sacrifício — o último sacrifício exigido pela Lei foi cumprido por Jesus Cristo na cruz — mas, sim, como uma forma de mortificação temporária e voluntária de nosso corpo físico.
É recomendável que se tenha o cuidado de não demonstrar propositalmente às pessoas que se está em abstinência alimentar (excetuando a própria família, da qual não há como, nem razão para ocultar), conforme podemos ter ciência pela leitura do Evangelho:
“E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.” (Mat 6:16)
O propósito principal do jejum é essencialmente espiritual e visa tornar o cristão mais afinado com Deus, levando-o assim a uma maior consagração e aprimoramento em sua busca pela santificação pessoal. Portanto, sua prática pode ser de grande valia na sua vida cristã, existindo testemunhos nas Santas Escrituras de obras magníficas alcançadas pelo auxílio desse expediente, como é o caso de Cornélio, a quem o Senhor enviou um anjo a lhe falar após um tempo de jejum e oração, conforme testificamos pela leitura do livro de Atos dos Apóstolos:
“E disse Cornélio: há quatro dias estava eu em jejum até esta hora, orando em minha casa à hora nona. E eis que diante de mim se apresentou um varão com vestes resplandecentes, e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas estão em memória diante de Deus.” (At 10:30 e 31)
O jejum, quando realizado em harmonia de sentimentos para com Deus, é poderoso para se enfrentar as forças do mal, sendo uma arma eficaz para derrotarmos — associado às orações — certas castas de demônios, conforme o Mestre ensinou, e se encontra narrado nos evangelhos:
“Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.”
(Mat 17:21 e Mar 9:29)
É notório que as hostes espirituais da maldade não param de arquitetar seus ardis contra o povo de Deus, por isso, o jejum juntamente com santas orações são armas poderosas contra esse mal.
O nosso Mestre afirmou que os seus discípulos haveriam de jejuar quando Ele lhes fosse tirado pela morte de cruz, deixando evidenciado esse ensino entre os seus seguidores, conforme podemos confirmar pela leitura dos evangelhos:
“E Jesus disse-lhes: Podem porventura os filhos das bodas jejuar enquanto está com eles o esposo? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar; Mas dias virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão naqueles dias.” (Mar 2:19 e 20 e Luc 5:35)
Os santos homens do passado praticavam o jejum para dar cumprimento às suas missões, como se pode verificar no livro de Atos dos Apóstolos:
“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.” (At 13:2)
No livro de Atos se lê:
“E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava.” (At 27:9)
Novamente, poderemos verificar essa prática, narrada na segunda epístola do apóstolo Paulo destinada aos Coríntios:
“Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez.” (2Cor 11:27)
Portanto, com base nas exposições acima, ensinamos a irmandade e ao ministério em geral o valor do jejum, a quem se interessar numa maior consagração a Deus nesses dias tão difíceis.
Fazemos isso, recomendando a não se perder de vista o fato de que esse conselho não se configura numa imposição ou numa obrigação ritual e, sim, em uma opção livre e espontânea.
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 185/2024 CCB
6. O DÍZIMO À LUZ DO NOVO TESTAMENTO – Circular n.8/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
O propósito desta carta é o de dar esclarecimento à irmandade da compreensão da Congregação Cristã acerca do dízimo. Para tanto, importa resgatar a utilidade desse mandamento mosaico conectando-o ao seu contexto e aos seus propósitos originais, sem o que, não há como entendê-lo perfeitamente.
O significado de dízimo é décima parte. A rigor, a sua prática antecede a Lei Mosaica (lei divina entregue ao povo de Israel por intermédio de Moisés) em, pelo menos, quatrocentos e trinta anos; sendo o registro mais antigo encontrado no livro de Gênesis, ocasião na qual Abrão pagou dízimos dos despojos de guerra ao sacerdote eterno Melquisedeque (Gen 14:20). No Antigo Testamento (AT), o dízimo, enquanto ordem divina, era exigido para ser entregue junto aos holocaustos, votos, ofertas alçadas e aos sacrifícios, consoante ao que se lê no livro de Deuteronômio 12:11.
O dízimo passou a ser usado primariamente para o sustento dos levitas (Num 18:21), todavia, era importante também para o sustento dos estrangeiros, órfãos e viúvas (Deut 14:28 e 29). Tratava- se de uma requisição feita por Deus sobre as posses dos israelitas, e se aplicava tanto à agricultura quanto à pecuária. Sem o dízimo, a tribo de Levi não teria como subsistir, visto que eram proibidos de possuírem terras e gados, e não tinham herança (Num 18:21 e 24); e, portanto, não plantavam e tampouco colhiam, sendo totalmente dependente dessas ofertas advindas das demais tribos. Conclui- se, então, que Israel cumpria a lei mosaica dizimando a favor daqueles que pertenciam à tribo levítica.
Passagens escriturais tais como as relatadas nos Evangelhos (Luc 11:42 e Mat 23:23) merecem ser esclarecidas. Nesses textos, realmente se pode notar, que o Senhor Jesus confirma a obrigação de se dizimar. Entretanto, devemos nos lembrar que, àquela época, o Senhor Jesus estava debaixo dos mandamentos da Lei e agia em cumprimento dessa Lei, e a Graça de Deus não havia ainda sido dispensada aos homens mediante a Sua morte e ressurreição, pois o Mestre ainda se encontrava presente entre os homens, isto é, a salvação não havia sido completa, uma vez que a sua missão não estava consumada na cruz (João 16:7). As bênçãos e os benefícios resultantes do Novo Testamento, as diretrizes da Graça, ocorreram exclusivamente a partir de quando o Senhor subiu ao Pai. Por esta razão, o Senhor lhes dizia que era necessário dizimar naquela época, para cumprirem as ordenanças da Lei, visto ainda vigorar a Lei Mosaica. Contudo, já pelo anúncio de sua paixão anteriormente profetizada, assinalava-se o final da vigência da Lei conforme se pode verificar:
“A lei e os profetas duraram até João: desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele.” (Luc 16:16)
No entendimento ministerial da Congregação Cristã, o seu ministério não deve receber pagamentos por nenhuma atividade ministerial em nenhum escalão, devendo todo o corpo presbiterial abdicar-se de ser remunerado para quaisquer exercícios ministeriais; isso, em conformidade com as instruções do apóstolo dos gentios:
“… em tudo me guardei de vos ser pesado, e ainda me guardarei.” (2Cor 11:9);
“Porque, em que tendes vós sido inferiores às outras igrejas, a não ser que eu mesmo vos não fui pesado? Perdoai-me este agravo. Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós; porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos.” (2Cor 12:13 e 14);
“Mas seja assim; eu não vos fui pesado, mas, sendo astuto, vos tomei com dolo.” (2Cor 12:16);
“E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados.” (1Tess 2:6)
Muito embora o dízimo encontre fundamento bíblico no Antigo Testamento, ele definitivamente não é estabelecido e muito menos obrigatório no propósito doutrinal do Novo Testamento, senão uma opção pessoal e/ou coletiva.
Na Congregação Cristã existem as ofertas voluntárias para manutenção dos templos, construções, viagens missionárias, além de garantir o sustento e suprimento das necessidades existentes entre a irmandade carente. Logo, as coletas não têm o propósito de assalariar o ministério.
As ordenanças oriundas da Lei acerca do dízimo — amplamente descritas e determinadas em diversos livros do Antigo Testamento (AT) — não serão aqui debatidas por entendermos que, embora sejam legítimas no seu contexto, não se aplicam mais aos tempos da dispensação da plenitude do conhecimento do Filho de Deus, por pertencerem e estarem contidas em forma de ordenanças somente no AT, exclusivamente ao povo de Israel.
Esse é um ponto importante: o dízimo não é citado como doutrina do Novo Testamento em nenhum texto, e muito menos requerido pelos apóstolos, sendo unicamente referido nos evangelhos quando Cristo ainda não havia instituído o tempo da Graça a toda a humanidade, que foi obra de sua morte e subsequente ressurreição triunfante. Consideremos isso: se o dízimo fosse mandamento a ser observado pela Igreja, essa seria uma ordem citada e reclamada por parte dos apóstolos! A verdade é que o dízimo, nenhuma vez, foi imposto ou ordenado pelos apóstolos em suas santas epístolas. Paulo, apóstolo dos gentios, afirmou nas Escrituras que nunca deixou de anunciar “todo o conselho de Deus” (At 20:27), e, como nunca anunciou o dízimo como prática entre cristãos, logo, não faz parte do conselho de Deus para a Igreja e, por conseguinte, Paulo nunca anunciou que cristãos entregassem
dízimos a alguma tesouraria da igreja. No contexto do Novo Testamento não há nenhum percentual estabelecido como regra de contribuição aos regenerados em Cristo Jesus.
Apesar do apóstolo Paulo confessar já haver recebido socorro financeiro de algumas igrejas em certas ocasiões de sua vida, ao lermos com atenção todas as suas cartas, entendemos claramente que uma aludida ocasião na qual Paulo recebeu de algumas igrejas salário (fruto de ofertas e não de dízimo) — foi notável exceção ao longo de seu apostolado — que teve como único propósito servir à igreja de Corinto. Ou seja, ele fez uso desse benefício somente por um tempo, conforme sua necessidade naquele período. Podemos confirmar isso pela leitura de sua segunda carta destinada aos Coríntios:
“Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado.” (2Cor 11:8)
Portanto, essa foi uma atitude fora do padrão de seu comportamento ministerial. Aliás, Paulo afirma que no início de sua jornada apostólica, a única igreja que se comunicou voluntariamente com ele para o ajudar com ofertas foram os Filipenses:
“…nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente.” (Fil 4:15)
Posto para transparência que o apóstolo relatou ter recebido salário de algumas igrejas para não ser pesado aos Coríntios, entendemos, indubitavelmente, que ele não fez deste salário a sua forma permanente de sustento, visto que trabalhava fazendo tendas (1Tess 2:9) como se pode ver também em:
“… se ajuntou com eles, E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas.” (At 18:2 e 3);
“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho. Mas eu de nenhuma destas coisas usei, e não escrevi isto para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, do que alguém fazer vã esta minha glória.” (1Cor 9:14 e 15)
Outros discípulos do Senhor punham em prática o mesmo procedimento espiritual de não cobrar dízimos, conforme se vê escrito na epístola:
“Roguei a Tito, e enviei com ele um irmão. Porventura Tito se aproveitou de vós? Não andamos porventura no mesmo espírito, sobre as mesmas pisadas?” (2Cor 12:18)
Segundo suas próprias exposições, o apóstolo demonstra que, segundo a Lei Mosaica, ele poderia requerer frutos materiais dos Coríntios, ou de qualquer outra igreja (vide 1Tim 5:17, que é uma repetição de 1Cor 9:9), quando cita, em sua primeira epístola destinada aos daquela nação:
“Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança, e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante” (1Cor 9:9 e 10)
Outra vez:
“Logo, que prêmio tenho? Que evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho.” (1Cor 9:18)
É límpida a leitura que se faz desses textos, a qual nos aponta os direitos tocante aos evangelistas de serem ajudados, ao mesmo tempo reconhecendo sua origem na Lei Mosaica, mas não os reintroduzindo na forma de obrigação doutrinal de dízimo. Doutra sorte, o apóstolo Paulo erraria não os praticando e ainda sugerindo que o imitássemos nessa conduta.
E não somente em Corinto, senão que em diversas regiões por onde Paulo passava, adotava a mesma regra: trabalhava, para não ser pesado a ninguém. Consideremos bem, como Paulo se sustentava:
“Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus.” (1Tess 2:9)
Novamente, em sua segunda carta destinada aos Tessalonicenses, o santo apóstolo relembra a sua forma de vida e conduta, declarando sua independência das receitas das igrejas, esclarecendo isso nessa passagem:
“Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós, nem de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós. Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmo exemplo, para nos imitardes.” (2Tess 3:7 a 9)
Na epístola aos Hebreus se vê claramente a demarcação do fim da Lei, pelo levantamento de um outro sacerdócio, mais sublime, segundo a ordem de Melquisedeque. Ponham atenção na explicação contida nessa epístola:
“… Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” (Heb 7:12)
Marca-se aqui o intervalo de tempo da vigência da ordenança do dízimo, o qual perdurou até ao sacerdócio levítico. Em seguida, vê-se no mesmo capítulo:
“Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade. (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.” (Heb 7:18 e 19)
De fato, em seu ministério terreno, o Senhor Jesus não foi sustentado com dízimos, nem poderia, Ele era de Judá e não da tribo de Levi. Qualquer hebreu de outra tribo, que não fosse da tribo de Levi, estava vetado pela lei de receber dízimos do povo, e o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei em sua plenitude.
Na passagem a seguir, o salário se refere aos recursos necessários ao sustento dos evangelistas e não trata nada acerca do dízimo sacerdotal, em absoluto:
“E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós. E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário.” (Luc 10:5 e Mat 10:10)
Outra passagem nos chama atenção na epístola do apóstolo Paulo aos Gálatas:
“E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui.” (Gal 6:6)
Aqui se trata da comunicação dos bens materiais da parte dos irmãos, com aqueles que exercem o ministério da Palavra. Contudo, vejam com atenção que, mais uma vez, não se trata de dízimo, até porque se fala de repartir todos os bens e não de doar a décima parte. Aliás, essa era uma prática comum entre os discípulos, no início da formação da Igreja, conforme se pode constatar:
“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.” (At 2:44)
Inclusive, essa divisão de bens não era para uso específico do ministério, mas para o benefício comum de toda a Igreja.
Observem que o apóstolo Paulo exortava ao corpo ministerial da Igreja, instruindo-os a adotar o trabalho para o sustento pessoal:
“De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem o vestido. Vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.” (At 20:33 a 35)
“Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.” (Mat 10:8)
Cabe a colocação de que, se o dízimo fosse praticado pelas igrejas naquele tempo, não ocorreriam reclamações da falta de ofertas voluntárias por parte de Paulo (1Cor 16:17), pois esse aporte financeiro obrigatório supriria as necessidades as quais Paulo aludia.
Ademais disso, caso a Igreja praticasse a cobrança de dízimos àquela época, estaria ainda concorrendo paralelamente aos preceitos do judaísmo — haveria então duas práticas de dízimos naquele tempo, o dízimo dos levitas e o do presbitério. Contudo, não há nenhum mandamento de que o ministério, semelhante aos sacerdotes levíticos, não poderia ter heranças ou posses, para que assim se justificasse o estabelecimento do dízimo cristão. É forte essa questão — se o dízimo for evocado como mandamento a ser cumprido com base na lei do AT, esse entendimento conflitará com a graça de Cristo, ou seja, quem defende a necessidade de obediência aos preceitos da Lei, conforme esclarece a Palavra de Deus em Gálatas, estará fora da graça de Cristo:
“Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei: da graça tendes caído.” (Gal 5:4)
Pelos esclarecimentos expostos, ficam notórias quais são as bases bíblicas que amparam e norteiam a conduta da Congregação Cristã no que tange a não se dar a prática do dízimo.
Concluímos assim que, dedicando o nosso tempo e o nosso trabalho espiritual ao Senhor Jesus de maneira gratuita e desinteressada, lhe ofertamos o ofício ministerial como forma de consagração voluntária.
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 186/2024 CCB
7. AVIVAMENTO ESPIRITUAL DO MINISTÉRIO E DA IRMANDADE – Circular n.9/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
Há grande preocupação quanto ao futuro da obra de Deus, considerando-se as condições espirituais que vivemos e a evolução das tendências que norteiam a vida das pessoas, levando-as cada vez mais a um distanciamento de Deus, ainda que d’Ele se fale constantemente. De fato, há uma honra em seus lábios, mas o coração distancia-se cada vez mais do Senhor, buscando-se maior satisfação quanto à vida terrena do que com o dever de consagração a Deus para salvação.
Os pregadores da Palavra, por força das expectativas circunstanciais que permeiam o viver das pessoas, sentem-se no dever de levar ao povo consolações, alegrias e esperanças nas coisas palpáveis, ao invés de um aconselhamento e ensinamento que provoquem no povo uma percepção da verdadeira realidade espiritual advinda do Evangelho de Cristo.
Espiritualmente, e no exercício do ministério da Palavra, vivemos um momento difícil; de um lado necessitamos levar consolação ao povo que vive aflições, e por outro lado, devemos levar a todos o pleno conhecimento da verdadeira graça do Filho de Deus.
Consideremos a conclusão a que chegou Salomão, quando em sua meditação referindo-se à Palavra, escreveu:
“Procurou o pregador achar palavras agradáveis; e o escrito é a retidão, palavras de verdade. As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo único Pastor.” (Ecl 12:10 e 11)
De fato, a consolação e a alegria do povo é também a nossa, porém, se somos guiados pelo Espírito de Deus, certamente que, com sabedoria e inteligência, cumpriremos o nosso dever diante de Deus e do povo.
Quando o Senhor mandou o rei Ezequias escrever cartas ao povo e enviar seus mensageiros para convidar o povo a voltar ao Senhor, muitos zombavam e riam deles, não dando crédito ao que anunciavam, cujo conteúdo dizia:
“Filhos de Israel, convertei-vos ao Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel; para que ele se volte para aqueles de vós que escaparam, e ficaram da mão dos reis da Assíria. E não sejais como vossos pais e como vossos irmãos, que transgrediram contra o Senhor, Deus de seus pais, pelo que os pôs em assolação como o vedes.” (2Cron 30:6 e 7)
Daí a preocupação com a corrupção dos costumes cristãos, tais como a infidelidade conjugal, a intolerância e violência familiar, que culminam em agressões verbais, morais e até mesmo físicas entre os cônjuges, e de pais contra filhos e filhos contra pais, geradas pela falta de estrutura espiritual, que pode levar a graves consequências, tais como imoralidades, lascívia e pecados virtuais, além dos vícios, seja em jogos de várias espécies incluindo jogos de azar.
Nos dias atuais o homem se sobrecarrega de ocupações, tais como, vaidades carnais e espirituais, divertimentos e distrações, ao invés de congregar e alimentar a sua alma com a Palavra de Deus. A grande falta de espiritualidade e de vigilância do povo facilita a adesão a esses costumes do mundo atual, que são assimilados de forma sutil.
Assim, temamos, pois, que o esfriamento da Igreja ocorrido em séculos passados se repita em nossos dias. Logo após a primeira dispensação do Espírito Santo, houve grande combate estabelecido pela oposição sistêmica do adversário, que não tardou em manifestar-se por intermédio de gestões humanas, que deixaram de lado a simplicidade da graça em troca de um novo evangelho. Nasceram líderes religiosos, falsos apóstolos e profetas, professando heresias que, por vaidade, atraiam o povo para si, desviando-os do verdadeiro Evangelho e levando-os a extinguir o Espírito Santo, e logo a Igreja foi dividida. Nesse tempo, já nos finais dos seus dias, o apóstolo João, em sua terceira epistola, queixava-se de Diótrefes que não os recebia, procurando ter entre eles o primado.
Os remanescentes, que eram fiéis, passaram a sofrer perseguições com prisões e martírios. Paulo ficou decepcionado com o fato dos irmãos da Galácia terem abandonado o Evangelho da graça de Cristo que lhes foi apresentado, para um evangelho distorcido, que não era outro, mas era ensinado com interpretações equivocadas.
Assim, caminhou a Igreja sob os efeitos das perseguições, e essas imprimiram sobre os fiéis um grande sofrimento e mortes.
Quantos séculos se passaram e a Igreja não sucumbiu, permanecendo firme na fé, enfrentando as oposições da falsamente chamada ciência, predita pelo Apóstolo Paulo.
A simplicidade do Evangelho de Cristo aos poucos pode ser perdida pelos anseios dos homens, pois alguns se aplicam ao conhecimento teológico por objetivos financeiros; outros para engrandecer-se pela vaidade humana, buscando a glória temporal. Nota-se em muitos lugares, contendas e dissensões pelo anseio em dominar.
Há também os que se projetam através de seu carisma e de agrados, sem ensinar o povo a se abster das obras que por Deus são reprovadas. Quem se comporta dessa maneira se afasta de Deus e mina a autêntica obra de Cristo.
Lembremo-nos do que está escrito, conforme abaixo:
“Ai de ti, ó terra, cujo rei é criança, e cujos príncipes comem de manhã. Bem-aventurada tu, ó terra, cujo rei é filho dos nobres, e cujos príncipes comem a tempo, para refazerem as forças, e não para bebedice.” (Ecl 10:16 e 17)
Os que buscam entender o tempo em que vivemos, face à Palavra de Deus, irão perceber que, da mesma forma como houve no passado, é notável nos dias atuais, a dispensação dos dons do Espírito Santo sobre os que com sinceridade buscam a Deus. Vivemos um período de grande manifestação do poder de Deus, e somos testemunhas de seus feitos miraculosos, tanto de caráter espiritual, como também das grandes obras maravilhosas que nossos olhos contemplam.
Ao nosso Deus, por Jesus Cristo, seja toda a glória, louvor e honra para sempre!
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 187/2024 CCB
8. O MINISTÉRIO DA PALAVRA – Circular n.10/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
A palavra de Deus nos ensina que os presbíteros que governam bem devem ser estimados por dignos de duplicada honra, principalmente, os que trabalham na Palavra e a ministram, pois são responsáveis por ensinar e aconselhar a irmandade. Estes têm o dever de apascentar o rebanho com paciência e amor, tendo cuidado para que ninguém se enfraqueça, ou venha a se perder.
O profeta Ezequiel, movido pelo Espírito de Deus, protestava contra os pastores infiéis de Israel, dizendo:
“Comeis a gordura, e vos vestis da lã; degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim se espalharam, por não haver pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque.” (Ez 34:3 a 6).
Tanto no Antigo Testamento (AT) quanto no Novo (NT), o pastor tinha o objetivo de cuidar, apascentar e sempre vigiar sobre o rebanho. Já o mercenário cuidava das ovelhas, porém, interessado em sua própria vantagem financeira. Jesus deu exemplo do amor e cuidado que tinha com as suas ovelhas, que eram seus discípulos. Ele mesmo disse:
“Eu sou o bom Pastor: o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa. Ora o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas.” (João 10:11 a 13)
O Senhor Jesus, ao falar com seus discípulos, junto ao mar de Tiberíades, disse três vezes a Pedro:
“…Simão, filho de Jonas, amas-me?” (João 21:16) Após a sua resposta, disse-lhe o Senhor:
“Apascenta as minhas ovelhas.” (João 21:16)
Apascentar é dar pasto, alimentar e cuidar, que era o dever do pastor. No Novo Testamento, apalavra pastor se refere ao provedor, protetor e guia do povo de Deus. O Apóstolo Paulo escreveu sobre as escolhas de Cristo:
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.” (Ef. 4:11)
Quando o Apóstolo Paulo, em Mileto, se despede dos Anciães que vieram de Éfeso, recomendou-os dizendo:
“Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão ao rebanho; e que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.” (At 20:28 a 31)
Isto ocorre quando o pregador atrai o povo a si, por meio de palavras agradáveis, tornando-os seus discípulos, e não de Cristo.
É necessário olhar e vigiar sobre o rebanho, lembrando também dos que estão se distanciando da casa de Deus, tratando-os com amor e piedade. O Apóstolo Judas em sua carta recomendava:
“E apiedai-vos de alguns, que estão duvidosos; E salvai alguns arrebatando-os do fogo; tende deles misericórdia com temor, aborrecendo até a roupa manchada da carne.” (Jd 1: 22 e 23)
Não podemos negar que temos inúmeras ovelhas que se acham desgarradas por falta de tratamento com paciência e amor, além de algumas que foram excluídas do rebanho.
Quantos irmãos que se escandalizaram por atitudes de ministros da Palavra ou da Piedade que não vigiaram e deram motivos para que alguns se desviassem, movidos pelo desgosto, devido a pregações desvirtuadas da comunhão com Deus ou falas rudes.
Alguns fazem uso do púlpito para atacar de forma direta e com dureza os irmãos que vêm ao santo culto para ouvir a Palavra de Deus. Outros, no interesse de agradar ao povo, apresentam pregações com promessas de bênçãos de forma geral e irrestrita, prometendo libertações e prosperidades materiais, e o povo ouvindo, crendo e não recebendo, caem em descrença da Palavra de Deus, achando que Deus não cumpriu o que disse, escandalizando-se.
Alguns reclamam que não encontraram mais o alimento espiritual, somente promessas de sucesso, sem mostrar o caminho da santificação necessária para a salvação. Muitas pregações são eloquentes, porém, sem conteúdo, sem o objetivo único que é levar o povo ao conhecimento da verdade e à santificação, e fazem o povo delirar sem, contudo, ter o pleno conhecimento da verdade do Evangelho para salvação.
Sabemos que para o povo escapar da corrupção, devido à concupiscência que há no mundo, é preciso que, com diligência, lhe seja acrescentada a fé, a paz, o amor, a santidade e as demais virtudes de Deus, porque, em quem não houver e abundar estas coisas, será ocioso e estéril no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, cego, nada vendo ao longe, visto que se esqueceu da purificação de seus antigos pecados.
Essa cegueira espiritual impede que o ministro da Palavra tenha conhecimento de todas as ovelhas desgarradas, pois não sente falta delas, razão pela qual alguns servos são murmuradores, rejeitando aqueles que se arrependeram de seus pecados e voltaram para o convívio cristão em busca do perdão de Deus. Muitas vezes, tais ministros maldizem e, até mesmo, negam uma saudação cristã pelo próprio juízo temerário que fazem de tais pessoas. Esquecem-se que o lugar do pecador arrependido é na casa do Senhor. É necessário considerar que tais juízes não conhecem o que significa:
“Porque eu quero misericórdia, e não o sacrifício; …” (Os 6:6)
Para o exercício do ministério da Palavra ou da Piedade é necessária a vigilância constante em todo o viver. Devendo estar sempre em comunhão com Deus, não só por meio da oração, como também pela meditação na Santa Escritura. Paulo recomendava Timóteo, dizendo:
“Medita estas coisas; ocupa-te nelas para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem,” (1Tm. 4:15 e 16).
Ter cuidado de si mesmo e dos mandamentos divinos é vigiar sempre para manter um bom testemunho em todo o viver — quer na vida familiar, nos negócios, no tratamento, independentemente de onde, ou com quem, estiver lidando, para que o seu ministério não seja censurado. Lembremos que é bíblico que a vida do obreiro manifeste a sua fidelidade a Cristo de tal maneira que possa ser tomada como exemplo de conduta perante a Congregação (1Pe 5:3, Tt 1:6-9).
O verdadeiro ministro da Palavra de Deus em tudo honra a Cristo, persevera em oração, manifesta o fruto do Espírito (Gal 5:22-23), se empenha em salvar o perdido (1Cor 9:19-22), amando e recebendo a todos sem distinção (Luc 15), porém, abominando o mal e exortando contra o pecado (Mat 23, Luc 3:18 a 20), sempre conduzindo o povo à santificação (At 26:18, 1Cor 6:18) e anunciando integralmente o Evangelho sem transigência, nem corrupção (Mat 28:18 a 20).
O atendimento dos santos cultos e demais serviços divinos devem ser feitos com todo o cuidado, observando-se as recomendações quanto a expressões inadequadas ou afirmações que estejam em desacordo com as Escrituras, sabendo que, quem assim proceder, responderá perante o Conselho de Anciães mais antigos do Reino Unido.
Portanto, é nosso dever a vigilância e a prudência em todo o nosso viver e exercício do ministério para sermos agradáveis a Deus.
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 188/2024 CCB
9. REQUISITOS BÍBLICOS PARA A ESCOLHA MINISTERIAL – Circular n.11/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
Os irmãos escolhidos pelos apóstolos para o exercício ministerial eram homens idôneos, revestidos pelo Senhor de dons e de virtudes vindas de Deus.
Os requisitos necessários para ocupar o ministério de Ancião (bispo ou presbítero) ou Diácono nas igrejas de Cristo estão de forma clara e nítida apresentados na Palavra de Deus.
Ao analisarmos quais predicados e qualidades um Ancião deve possuir, percebemos que a Bíblia elenca virtudes de retidão de caráter e fidelidade a Deus, apontando a escolha para aqueles que possuem atributos próprios de quem nasceu de novo (João 3:3 e 1 João 3:9), e foi restaurado por Cristo; e iluminado pelo Santo Espírito:
“Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo”. (2Cor 4:6)
No tocante a essa milagrosa transformação espiritual que os fiéis convertidos experimentam, o apóstolo Pedro deixou-nos um bom exemplo, como se lê:
“Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento que eles haviam estado com Jesus”. (At 4:13)
Do Senhor provém o conhecimento e a sabedoria:
“Porque o Senhor dá a sabedoria: da sua boca vem o conhecimento e o entendimento”. (Prov 2:6)
O conhecimento religioso e/ou intelectual, por si mesmo, não é competente para capacitar o ministro de Cristo para a prática ministerial como o Senhor requer. Isso porque o conhecimento humano não é apto a ministrar dons nem virtude alguma, não sendo qualidades dependentes para a operação divina no plano da salvação. Acerca disso, testificou o apóstolo Paulo:
“A minha palavra, e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” (1Cor 2:4 e 5)
Portanto, cabe individualmente, a cada integrante do Ministério, a busca pela santificação, pela consagração e pela aproximação com Deus, para que, revestidos da sabedoria e do poder divino, possam cumprir a missão no posto onde foram colocados por Deus. Os servos de Deus que buscam a consagração e santificação, perseveram na oração e vigilância espiritual, fazem a leitura constante da Bíblia Sagrada, sendo por ela instruído, a esses, o Espírito Santo capacitará com as qualidades e ferramentas necessárias, segundo consta na epístola do apóstolo Paulo:
“Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência”. (1Cor 12:8)
Temos confirmação divina dessa dispensação de dons espirituais profetizada e prometida ao presbitério devotado a Cristo:
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”. (Ef 4:11 a 13)
Os dons são dispensados sem distinção de pessoas, pois todos fomos chamados e podemos ser qualificados para o serviço cristão, trabalhando para resgatar almas da perdição, levando-as a Cristo.
A Bíblia nos ensina a orar a fim de que sejamos cheios do conhecimento, da sabedoria e da inteligência espiritual, instruindo isso com as seguintes palavras:
“Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual” (Col 1:9)
Também está escrito:
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos; E qual a sobre-excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder”. (Ef 1:17 a 19)
A Igreja de Cristo deve ser governada com auxílio dos dons do Espírito Santo, conforme atestam as ordens do apóstolo:
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu como bons dispenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus: se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém.” (1Ped 4:10 e 11)
São variados os dons do Espírito Santo, conforme se pode constatar nas seguintes leituras: (Mar 16; 1 – 1Cor 12:1 a 11 – Ef 1:17 e 4:8 – Heb 2:4 – At 2:38, 10:45 e 13:1 – 1Cor 12:28 – 2 Tim
1:11 e 1Ped 4:10)
1)Dom de doutor — dispensação feita por intermédio do Espírito Santo, capacitando o ministro de Cristo com o conhecimento da Palavra de Deus.
2)Dom de governo — dispensação feita por intermédio do Espírito Santo, capacitando o ministro de Cristo para governar a Igreja com luz e direção espiritual.
3)Dom da Palavra da sabedoria, manifesto pela inspiração do Espírito Santo, de forma a expressar a revelação da Palavra de Deus ou a própria sabedoria do Espírito Santo, iluminando o servo de Deus como ele deve enxergar e tratar problemas ou entender certas situações.
4)Dom da Palavra do conhecimento, qualificando o seu portador com mensagem inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, circunstâncias ou de verdades bíblicas.
5)Dom de discernimento de espíritos, por intermédio do qual o Senhor capacita o seu portador para discernir se uma manifestação provém de Deus ou se trata de uma imitação do inimigo,
6)Dom de revelação.
7)Dom de novas línguas.
8)Dom de interpretação de línguas.
9)Dom de cura.
10)Dom de operação de maravilhas.
11)Dom de expelir espíritos maus.
12)Dom de profecia, entre inúmeros outros.
Retomando aos requisitos bíblicos citados, às exigências doutrinais relativas ao despenseiro espiritual da Igreja do Senhor, encontramos registradas nas epístolas destinadas a Timóteo e a Tito, as dignidades necessárias, listadas a seguir:
1)Que sejam irrepreensíveis: Que sejam homens que não mereçam censura ou que possam ser apontados como reprovados em suas condutas nos campos moral, familiar e social.
2)Que sejam vigilantes: Que sejam cuidadosos, atentos, zelosos com tudo quanto fazem.
3)Que sejam sóbrios: Que sejam comedidos, moderados, despretensiosos, simples e discretos.
4)Que sejam honestos: Que sejam moralmente sérios, honrados, dignos; homens que sejam íntegros e dignos de confiança.
5)Que sejam hospitaleiros: Que recebam as pessoas com satisfação na condição de bons anfitriões, tanto de caráter pessoal como espiritual, tratando sempre com gentileza e cordialidade.
6)Que sejam aptos para ensinar: Que possuam aptidão quanto à doutrina e conhecimento das Sagradas Escrituras, fonte de toda sabedoria vinda de Deus.
7)Que não sejam dados ao vinho: Que não se deem à prática do uso de bebidas fortes; isto é, não deve ser alguém que se entregue à bebida.
8)Que não sejam espancadores: Que não sejam rixosos ou violentos, mas homens mansos no trato.
9)Que não sejam cobiçosos de torpe ganância: Que não sejam ávidos pelas depravações dessa vida, sendo homens não maculados pelos imoderados desejos de bens e riquezas mundanas.
10)Que sejam prudentes: Que sejam regrados, se comportando com cuidado, evitando situações arriscadas ou perigosas para um homem de ministério.
11)Que não sejam contenciosos: Que não sejam dados a disputas e discussões nem queiram impor sua opinião em qualquer circunstância, sendo equilibrados e refreiem os ímpetos indevidos de sua personalidade.
12)Que não sejam avarentos: Que não sejam excessivamente apegados ao dinheiro, não alimentando paixão ou o hábito de juntar dinheiro de forma descomedida.
13)Que governem bem a sua própria casa: Que sejam bons maridos e bons pais, conduzindo a sua casa dentro dos fundamentos da graça de Deus, com amor e mansidão.
14)Que não sejam neófitos: Que não sejam novos na vida espiritual, que não tenham se convertido há pouco tempo e corram o risco de se ensoberbecerem, caindo na condenação do diabo.
15)Que não sejam soberbos: Que sejam homens humildes, que não manifestem pretensão de superioridade; não sejam orgulhosos nem altivos, e tampouco dominados pela arrogância.
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 189/2024 CCB
10. CONSELHOS PARA A BOA CONVIVÊNCIA ENTRE PAIS E FILHOS – Circular n.12/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
A constante evolução do mal existente no mundo atual expõe os nossos filhos às suas manifestações, tornando-os vulneráveis à contaminação de seus bons costumes e trazendo aos servos de Deus grande preocupação. Sabemos que as nossas crianças já desde muito novas frequentam escolas, onde absorvem grande conhecimento, tanto através do ensino que recebem, quanto do convívio com as demais crianças.
Por essa razão, é necessário acompanhar de perto a educação dos filhos, assumindo a responsabilidade solene de transmitir a eles os ensinamentos das Escrituras, necessários para a formação cristã, encorajando-os a uma vida de oração, a temerem a Deus, desviarem-se do mal, instruindo-os que somos forasteiros neste mundo e que nossa verdadeira morada está nos Céus. As crianças devem ser ensinadas a frequentar os Cultos e as Reuniões de Jovens e Menores, bem como o Espaço Infantil, onde se realiza a Reunião de Crianças, expondo-as à manifestação do Espírito Santo e à Palavra de Deus. Agindo dessa maneira, elas guardarão em seus corações a fé e o amor ao Senhor, conforme nos ensina a Bíblia:
“E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” (2Tm 3:15)
“Instrui ao menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Pv 22:6)
Em muitos casos, devido ao pouco espaço que possuem em seus lares ou à alta carga de trabalho dos pais, a única opção de lazer das crianças são alguns brinquedos tradicionais e os aparelhos tecnológicos, como celulares e computadores. Ocorre que a evolução do mal neste tempo presente é tão abrangente que até mesmo esses brinquedos e aparelhos podem trazer consigo o mal como, por exemplo, na maioria dos jogos eletrônicos e aplicativos. Os jogos mais comuns são aqueles em que a criança assume a posição de um lutador, simulando lutas corporais ou armadas, nas quais predomina a violência, e fazem com que a criança se exponha constantemente a esse tipo de comportamento, levando-a a perder a sensibilidade do amor e carinho que recebe, tornando-a impaciente, agressiva e inconsequente.
É necessário que os pais estejam atentos e vigilantes em relação ao conteúdo que seus filhos estão consumindo, seja por meio dos jogos, aplicativos, vídeos ou desenhos, eliminando tudo o que for contrário aos costumes cristãos.
Quanto ao adolescente, é sabido que tanto na escola quanto fora dela, são alvos constantes de informações que normalmente geram conflitos em suas mentes, deturpando os bons princípios adquiridos no lar e na casa de Deus.
Como consequência, eles se isolam e rejeitam a aproximação dos pais, sentindo dificuldade de se comunicar e serem compreendidos e, muitas vezes, devido à fase de transição em que vivem, é comum terem problemas de concentração, sendo prejudicados em seus estudos. A facilidade de comunicação através dos meios virtuais existentes, faz com que o adolescente busque avidamente comunicar-se com os demais, em alguns casos, trocando mensagens e acessando redes sociais até tarde da noite, comprometendo o padrão saudável de sono. Essa facilidade de se comunicarem livremente por meio da Internet os expõem a potenciais perigos.
Os pais devem se esforçar para desenvolver um ambiente propício ao diálogo, para que os filhos não busquem alguém de fora para expressar seus anseios e sentimentos, e assim, protegê-los de influências pecaminosas e da atração ao mundo vinda pelo convívio com pessoas imorais, pois temos uma ordem da Palavra que diz:
“Anda com os sábios e serás sábio, mas o companheiro dos tolos será afligido”.
(Pv 13:20)
A Bíblia nos adverte:
“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” (1Cor 15:33)
Aconselhamos aos pais que procurem manter uma vida matrimonial pacífica, lembrando sempre que os frutos de justiça se semeiam na paz aos que nela se exercitam.
Evitem desentender-se perante os filhos, pois mesmo com pouca idade poderão guardar em suas memórias os momentos de atritos e prejudicar o desenvolvimento emocional da criança e do adolescente.
Quando os pais vivem em desarmonia, contendas e agressões verbais, estão formando o caráter de seus filhos com exemplos de reações agressivas, cujas sequelas poderão aparecer durante a adolescência. Porém, se conviverem de forma pacífica irão transmitir a seus filhos o verdadeiro caráter cristão, por meio do amor, paciência e carinho e transmitindo-lhes, pelo seu exemplo de conduta, o conhecimento das Sagradas Letras. Escreveu o apóstolo Paulo aos Efésios:
“E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.” (Ef 6:4)
O viver em união e em paz depende de pequenos esforços que a Santa Escritura nos ensina, pois se houver no casal humildade, caridade fraternal, paciência e temor a Deus, essas diferenças serão superadas, dando condição a uma vida saudável, tanto espiritual quanto terrena.
Quanto ao adolescente, os melhores amigos devem ser os seus pais. Para tanto, é necessário que os pais procurem ter um relacionamento de confiança e respeito com seus filhos, fazendo-os conhecer o verdadeiro amor que é o de Cristo, especialmente por meio de um comportamento verdadeiramente cristão, demonstrando paciência e carinho, pois, devido ao período de transição que vivem, têm dificuldade de reconhecer o conhecimento que seus pais possuem.
Sabemos que a sabedoria é dom de Deus e todo o conselho deve ser dado à luz da Sua Palavra, como está escrito:
“As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo único Pastor.” (Ecl 12:11)
A vigilância dos pais deve ser constante, procurando observar até os menores sinais de um possível desvio de conduta em seus filhos, pois a facilidade da prática aos males da atualidade é grande. Além da curiosidade natural e pré-disposição que os adolescentes possuem, são também grandes alvos de ataques pelos agentes do mal, os quais, além de deturparem o conhecimento adquirido na graça de Deus, levam-os a cometerem atos pecaminosos. É nosso dever instruí-los acerca da corrupção moral e da fornicação, que são grandes pecados diante de Deus, pois está escrito:
“Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicário, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus”. (Ef 5:5)
Sempre que possível, os pais devem se reunir com os seus filhos para juntos orarem a Deus, pois, assim, muitos males serão evitados, além de conservar a paz em seus lares.
É de nosso conhecimento que os filhos, mesmo já na fase adulta, não se esquecem dos bons conselhos recebidos dos pais e também dos ensinos das Reuniões de Jovens e Menores, onde aprenderam a louvar a Deus, orar e conhecer a verdade do Evangelho.
O amor aos filhos segundo a orientação do Evangelho de Cristo fará com que eles sejam preservados da corrupção, assegurando-lhes um futuro de paz na graça do Filho de Deus.
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 190/2024 CCB
11. SACRAMENTOS E ENSINAMENTOS – Circular n.13/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
1. MANDAMENTOS/SACRAMENTOS
Entendemos por sacramento cada um dos atos instituídos com base no Novo Testamento que simbolizam a ação divina naquele que crê, se tornando um ato visível da graça de Deus para os fiéis. Assim, confessamos três mandamentos/sacramentos: batismo, santa ceia e unção.
O Batismo (At 2:38 e Mat 28:19) simboliza a morte e novo nascimento de quem creu no Senhor Jesus; a Santa Ceia (Luc 22:19 e 20 – 1Cor 11:26 – João 6:51, 53 e 57 – 1Cor 11:20 a 22 e 27 a 30 – At 20:7) é um memorial do sacrifício do nosso Senhor Jesus Cristo e a Unção (Tiago 5:13 a 15) é um meio de se obter um favor especial, nesse caso, o de levantar do leito da enfermidade o fiel que crer, bem como a concessão de perdão para pecados.
2. ENFERMOS E A UNÇÃO COM AZEITE (Complementação do Tópico 9, de 2022)
Cremos que a unção é parte das atribuições dos presbíteros da Igreja e um meio de, pela fé do enfermo, obter um favor especial pela oração, pela intervenção do Senhor.
Sabemos que o poder da cura não está no óleo em si, mas na oração da fé em nome do Senhor Jesus e, tanto o levantar do leito de enfermidade quanto o perdão dos pecados é concessão graciosa do Senhor Jesus Cristo. A unção para cura dos enfermos era praticada pelos Apóstolos mesmo antes da morte e ressurreição de Cristo:
“E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam”. (Mar 6:13)
ENSINAMENTOS
3. NATUREZA DE DEUS
Deus é um ser Onisciente, Onipotente e Onipresente, superior a tudo e a todos, sem par, invisível, autossuficiente, incriado, auto existente. Ele sempre existiu, não podendo ser contido em nada e em nenhum lugar. Não possui nenhuma restrição, limitação ou quem se possa igualar a Ele.
Como Deus é Espírito, não pode ser visto nem plenamente compreendido por ninguém, posto que se trata do único ser Infinito, Autor da vida, Criador de todas as coisas, sejam elas visíveis ou invisíveis. Ele possui personalidade e identidade, e é Santo e Perfeito.
Nosso Eterno Senhor Deus, para se dar a conhecer aos homens, manifestou-Se na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, que após a morte e ressureição, se expressa à Igreja pelo Espírito Santo que nos foi enviado. Ele não sofre variação, nem mudanças por ser a própria perfeição. Ele é Santo, Justo, Bondoso, Verdadeiro e Pai da Eternidade.
Muito embora só exista um Deus, sendo Ele Uno, em Sua unidade existem três pessoas ou três seres distintos: O Pai, o Filho e o Espirito Santo. (Mat 28:19 – João 14:16 e 1João 5:7)
4. PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO, DOM DE NOVAS LÍNGUAS E LÍNGUA DOS ANJOS
Quando da dispensação do Espírito Santo, a pessoa pode receber dons, dentre eles o de falar novas línguas. Não se deve dizer “falou a língua dos anjos” ou “enrolou a língua” nem coisas semelhantes a estas; apenas afirmamos que recebemos o dom de novas línguas, pois não há respaldo bíblico para tais citações.
Na primeira epístola aos Coríntios 13:1, o apóstolo Paulo falava de forma hipotética:
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos”.
Não há na Escritura nenhum ensinamento que se refira a fala de algum anjo em sua própria língua, pois todos os que foram enviados para falar com os homens falaram em língua humana. Os antigos homens que falaram com os anjos, falavam e ouviam em suas próprias línguas. Quando o Senhor Jesus cumpriu a sua promessa no dia de Pentecostes, enviando o Espírito Santo Consolador, os que falavam em novas línguas, falavam as línguas dos homens, e os que ouviam, diziam:
“Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?[…] todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus”. (At 2:8 e 11)
5. DONS DO ESPÍRITO SANTO
Cremos no batismo com o Espírito Santo — o Consolador enviado do céu por nosso Senhor Jesus Cristo aos corações de Seus fiéis — o qual capacita o cristão com virtudes e diversidade de dons distribuídos por Sua vontade. Esse Espírito divino habilita os consagrados de Cristo com a palavra da sabedoria, da ciência, com dom de cura, de operação de maravilhas, de profecia, de discernimento de espíritos, de variedade de línguas, de interpretação das línguas, de expulsar espíritos imundos, com dons de governo, entre tantos outros dons. A presença do Espírito Santo no crente é revelada pela manifestação de virtudes magníficas em seu caráter, tais como: caridade, regozijo, paz, longanimidade, paciência, mansidão, humildade, benignidade, bondade, fé, temperança, justiça e verdade (1Cor 12:28 – Gal 5:22 – Ef 4:2 e 5:9; Fil 2:3 – Col 3:12 e 1Ped 5:5). Lembramos ainda que os dons de Deus são concedidos aos homens segundo a Sua vontade e não emprestados.
“Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens”. (Ef 4:8)
6. SELO DA PROMESSA
Quando o Espírito Santo passa a habitar no crente mediante a fé (João 14:23), ele, o cristão, se acha selado para a vida eterna (Ef 1:13 e 14 e 4:30); isto é, recebeu a garantia, o penhor do Espírito (2Cor 1:22), para seguir a caminhada da fé com a força divina. Todavia, esclarecemos que o dom de línguas é uma dispensação do Espírito Santo, mas não o selo da promessa em si mesmo; nem todos os irmãos selados
manifestam o dom de novas línguas. É certo que, se alguém recebeu dons do Espírito Santo, ele está seguramente selado, pois quem ministra o dom de línguas e os demais dons no cristão é o próprio Espírito de Deus (1Cor 12:10), o qual, nesses casos, está habitando no coração do fiel.
7. CRISTÃOS EVANGÉLICOS
O povo de Deus é considerado cristão e crente, porque, pela fé, crê que Jesus Cristo é a Palavra feita carne e, como Filho de Deus foi enviado para salvação de todo aquele que Nele crer.
É também considerado evangélico porque, sendo evangelizado, crê e segue o Evangelho de Jesus Cristo que é a Palavra de Deus.
8. PROCEDIMENTOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS NOS FUNERAIS
Reiteramos à irmandade os cuidados necessários sobre a conduta que se deve ter nos funerais, com respeito e consideração devidos à família que está sofrendo a dor da perda de seu ente querido, mantendo-se em silêncio, evitando falatórios, gracejos e risos. Os serviços divinos nos funerais devem ter seu tempo de duração em torno de 30 (trinta) a 40 (quarenta) minutos.
9. COSTUME DO MUNDO ATUAL – CASAMENTOS E OUTRAS FESTAS
Os costumes do mundo atual devem ser analisados sob a luz da palavra de Deus, pois ainda que tudo seja lícito, nem tudo nos é conveniente. Um dos exemplos é a forma inadequada da vestimenta com que algumas irmãs e/ou irmãos se apresentam em festas de casamento e outros locais; isso é desagradável a Deus.
O Ministério aconselha as irmãs e irmãos, tanto solteiros quanto casados, que procurem adequar-se à sã doutrina, não se conformando com os costumes do mundo atual, mas servindo a Deus com temor a fim de serem por Ele abençoados.
Quanto às cerimônias de casamentos, não é conveniente que se façam como os que não conhecem a graça do Senhor Jesus, que promovem bailes no ambiente, inclusive aqueles que são chamados de baladas, onde dançam com auxílio de bandas ou músicas eletrônicas altissonantes, e luzes pulsantes e coloridas, levando o local a uma penumbra (meia luz).
O Ministério reitera a exortação à nossa irmandade para que não procedam dessa maneira, pois isso é contrário à Palavra de Deus.
10. COMPORTAMENTO EM FESTAS DE CASAMENTOS
Também aconselhamos a nossa irmandade que tenham uma conduta sóbria nas festas, evitando o consumo de bebidas alcoólicas e comidas em excesso, que é uma conduta deselegante e inadequada perante os demais convidados. Lembramos que além do mau testemunho, isso desagrada a Deus, pois tanto a bebedice quanto a glutonaria são pecados.
11. EVANGELIZAÇÃO
Deve haver sempre um despertamento e incentivo à nossa irmandade com respeito ao anúncio do Evangelho. É necessário que haja grupos de irmãos que visitem e evangelizem, cumprindo, assim, a determinação do Senhor Jesus.
12. BATISMO PERIÓDICO
Nas cidades onde já há tanque de batismo é bom que sejam realizados periodicamente, em uma frequência que deve ser analisada pelo Ministério. Há lugares que ficam meses e até anos sem que haja um batismo, levando a irmandade ao desconhecimento da obediência a esse sacramento.
13. BÍBLIAS, HINÁRIOS E VÉUS DESGATADOS PELO USO
Para os itens referenciados, sem condições de uso, deverão ser descartados por processo de trituração. Quem quiser conservá-los é livre.
14. NOS CULTOS OFICIAIS, OS MÚSICOS DEVEM ASSENTAR-SE PARA EXECUÇÃO DO PRIMEIRO E ÚLTIMO HINO (Repetição do Tópico 9, de 2023)
Em todos os cultos oficiais, batismos, santas ceias, reuniões para mocidade, reuniões para jovens e menores, cultos para jovens e outros, o primeiro hino, após a abertura do culto e o último hino, antes de despedir a irmandade, devem assentar-se para a execução dos mesmos. Se eventualmente houver irmãos que se assentaram entre os músicos, estes deverão, também, assentarem-se.
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 191/2024 CCB
12. VIAJANTE INTERNACIONAL MINISTERIO E IRMANDADE – Circular n.14/2024 – 21/09/2024
Caros irmãos, A paz de Deus.
O Conselho dos Anciães Mais Antigos do Reino Unido lembra a quem pretende sair do Reino Unido para o Exterior, o dever de levar os documentos hábeis, toda a provisão financeira, vestes adequadas ao clima, pousada, possuir seguro saúde e de vida, itens necessários para a permanência temporária ou definitiva, a fim de não causar transtornos a nossa irmandade no destino.
Alguns se aventuram indo para países onde não conhecem a língua nem têm legalização de permanência; vários são deportados pelas autoridades ainda no aeroporto de chegada. Outros entram como turistas, porém permanecem além do prazo legal e se tornam clandestinos podendo ser presos e deportados.
Há os que causam dissabores à irmandade onde chegam por não terem condições de hospedá- los.
Instruímos aos pretendentes a emigrar que consultem o Ministério da sua localidade antes de qualquer iniciativa imprudente.
Também alertamos a irmandade do Exterior, aos que não sendo Britânicos e pretendem vir morar no Reino Unido ou permanecer temporariamente aqui, o dever de estarem munidos da documentação necessária, bem como das provisões financeiras, evitando problemas para si e para a irmandade local.
Quem tiver Ministério ou cargo aqui no Reino Unido e viaja ao Exterior para visita ou turismo não deve interferir no andamento, ou ainda agendar compromisso na obra de Deus, onde chegar.
Vossos irmãos em Cristo,
Conselho dos Anciães Mais Antigos
Ref. Circular 195/2024 CCB